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Copa do Mundo ja movimenta mercado de brindes
Empresas já se movimentam para colocar em exposição, no grande mercado, suas marcas e produtos. E os pequenos empreendedores apostam nos brindes para a Copa. Com pouco investimento, eles fazem desde as barulhentas cornetas até as tradicionais camisetas verde-amarelas
21/01/2010
A Copa do Mundo é um evento grandioso que movimenta milhões em negócios. No país do futebol, um chute certeiro para as empresas de brindes. Um empresário, por exemplo, se prepara para uma demanda aquecida durante a Copa. Antônio Laranjeiras quer vender pelo menos 30 mil camisetas da seleção brasileira no ano que vem.
Luiz Salvador, organizador da maior feira de brindes do país, confirma: a Copa do Mundo agita o mercado. Segundo ele, 80% das empresas de brindes são micro ou pequenas. Para quem quer montar um negócio, o mercado de brindes tem uma vantagem: exige pouco investimento.
O empresário Antônio Laranjeiras, por exemplo, começou com R$ 3 mil, há quatro anos. O dinheiro foi usado para comprar um computador e montar um pequeno escritório. Ele só faz o desenho das peças. Toda a produção das camisetas é terceirizada em uma confecção.
As camisetas são utilizadas como brinde. E a personalização é o segredo para vender bem. Na estamparia, o empresário coloca a marca da empresa e o nome da pessoa que vai usar a camiseta. Um esquema reduz o capital de giro do negócio: Antônio só produz depois da venda.
A divulgação dos brindes é feita pela internet. É importante que o site seja claro e fácil de navegar. Outra dica é anunciar em catálogos de brindes. E vale ainda oferecer o produto de porta em porta.
Uma outra empresa investe em buzinas para atrair os torcedores na Copa do Mundo. A empresária Dina Rodopoulos produz buzinas para carros há 40 anos. Na última Copa, ela lançou um produto novo: a corneta nas cores verde e amarela. A empresa vendeu tanto que faltou mercadoria.
A fábrica já estoca buzinas pensando na Copa de 2010. A expectativa é vender 100 mil unidades de março a junho do ano que vem. E para se diferenciar no mercado, a empresa conta com um trunfo: a potência de uma corneta de 120 decibéis, capaz de vibrar o coração de qualquer torcedor.
Mas, fazer uma buzina com som tão forte não é fácil. A empresária levou mais de um ano em testes. O investimento foi de R$ 400 mil em duas máquinas injetoras e nos moldes.
A buzina é uma bomba de ar comprimido. O que produz o som é a vibração do ar na membrana de poliéster, que fica dentro da peça. Quando pressionado o tubo de compressão, o som sai pela corneta de 40cm.
Hoje, a fábrica produz mil cornetas por dia. A previsão é que aumente o faturamento da empresa em 50%.
Os clientes da fábrica são lojas de acessórios para carro. O gerente Anderson Machado está animado. E a loja de artigos esportivos também já fez o primeiro estoque das estridentes buzinas. Cada unidade custa R$ 50.