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Setor gráfico fatura 15% a mais com as campanhas
A proibição de oferecer brindes - camisetas e bonés, principalmente - aos eleitores, decretada pela Lei número 11.300 de 2006, deixou um espólio que tem sido bem aproveitado pelas gráficas e algumas empresas de médio e pequeno portes que atuam no setor de publicidade e no mercado editorial.
06/09/2010
O proprietário da gráfica Ajir, Jair Leite, de Curitiba, avaliou que a empresa dele tem trabalhado 24 horas por dia. "Atuamos em três turnos. Historicamente, as campanhas eram mais liberadas. Com a proibição dos brindes, nosso setor foi beneficiado. Há uma demanda grande de santinhos e jornais para os candidatos tanto das chapas majoritárias quanto das proporcionais em todo o Estado", argumentou.
A produção é variável. Ainda assim, com a modernidade das maquinas é possível, segundo ele, atender muitos pedidos em pouco tempo. "Temos maquinário veloz e com grande capacidade de produção", garantiu.
Produtora de pirulitos e bandeiras, a empresa Beija-Flor, de Belarmina Miguel Cardoso, chega a produzir 1,2 mil bandeiras por dia ou consumir mil metros de pano diariamente, além de centenas de pirulitos.
Apesar disso, Belarmina lembra que quando era liberado o silk screen, para aplicação em camisetas, a empresa dela chegava a produzir até 30 mil unidades por mês. "Trabalhávamos para candidatos de todos os municípios do Paraná", conta.
Já o presidente do Sindicato das Indústrias Têxteis, Marcelo Surek, acredita que hoje, com a nova lei, a democracia ganhou, mas o setor perdeu parte da renda.
"Não há como negar que houve perdas, mas acredito que as empresas souberam se adequar à nova realidade. A campanha não atingia todo o setor. Uma empresa de moda não fazia a campanha, enquanto a voltada para promoções e uniformes investia no período eleitoral", ressaltou.
Fonte: O Diário