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As tendências no mercado de brindes
Eles podem prolongar uma boa – ou má – lembrança de marca
19/12/2011
Eles estão presentes em eventos e em ações promocionais o ano inteiro, mas alguns produtos especificamente ganham fôlego especial nesta época do ano. Os brindes, quando pertinentes, são uma forma de fazer a lembrança de uma marca se prolongar na vida de um cliente ou público de interesse da empresa.
Em 2008, por exemplo, o setor faturou R$ 6 bilhões, e em 2011 a expectativa é de que o faturamento gire entre R$ 5,2 bilhões e R$ 5,3 bilhões. Houve queda de 22%, que vem sendo recuperada, mas segundo Luís Roberto Salvador, diretor do guia Bríndice, ainda não atingiu os níveis de 2008, quando foi afetado pela crise mundial. Naquele ano, o segmento empregava 115 mil pessoas e hoje tem em média 85 mil funcionários. Para ele, o setor crescerá 8% este ano e em 2012 deve variar entre 5% e 6%.
O executivo acredita que hoje esse mercado não seja tanto um termômetro da economia. As instabilidades que o mercado vive, diz ele, o setor também enfrenta. Para ele, outubro foi um mês bom, em novembro houve uma queda e no final do mês para início de dezembro, houve uma recuperação. Ele incentiva que as empresas não pensem somente no fator preço, na hora de encomendar um brinde. “Uma empresa jamais deve atrelar seu nome a algo que não seja de qualidade, para não estragar sua reputação. Pode até dar uma caneta de R$ 0,40, mas ela precisa escrever, porque a imagem da companhia também é dada no brinde. E claro que quanto mais caro, melhor a qualidade e a aparência, mas, caro ou barato, é importante que seja duradouro, porque garante maior tempo de circulação para a sua imagem”, alertou.
Salvador destaca que nesta época do ano as agendas e calendários continuam sendo os itens mais representativos (sendo que ao longo do ano lideram as canetas). “As agendas continuam sendo marcantes, ainda mais para quem tem mais idade e ainda tem o hábito do papel”, disse. Mas é uma tendência a aposta em produtos ecológicos e de tecnologia, como pendrives, aparelhos de mp3. Nos brindes ecológicos, vale ressaltar papéis reciclados, capas de alumínio, camisetas com fios produzidos em parte com garrafas pet, bolsas de tecidos de algodão.
Nesta época do ano, há um aumento de 30% na contratação da mão-de-obra, com as vagas temporárias. No mercado nacional, especialmente para produções na área de confecção, como camisas, camisetas, bolas e sacolas.
O diretor da Forma diz que é extremamente importante os compradores entenderem o motivo do brinde. “Muitas vezes, ele é comprado aleatoriamente e existe até a expressão “dar um brindezinho”, mas o brinde tem papel importante porque prolonga o recall da marca para além de um evento ou ocasião”. Ele defende o produto como um gerador de retorno eficaz e uma das ferramentas de consolidação da marca.
Citando pesquisa da Associação de Marketing Promocional (Ampro), Auli de Vitto destaca a grande preocupação de muitas empresas em alguns vetores, como o ecológico. Elas querem, segundo ele, atender as expectativas socioambientais e oferecer produtos compatíveis com o novo contexto social. E a escolha dos brindes vai a reboque dessas ações. Alguns mesclam ecologia e tecnologia, como sementes com o nome da empresa gravado a laser, esponjas vegetais com formatos de animais, papel semente (material com mensagem que, depois de lida, se jogada na terra faz brotar um planta). Já na área de tecnologia, estão em alta produtos que têm algum tipo de serviço agregado, como cofres com contadores que vão somando a quantia economizada e porta-comprimidos com timer para avisar o dono sobre o horário de tomar o medicamento ou, ainda, um relógio movido a água (outro exemplo “eco-tecno”).
Fonte: www.meioemensagem.com.br